Barros Cassal e Gramado Xavier definem prioridades para Consulta Popular em reunião do Corede
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Debateram propostas para Assembleia Geral que acontecerá em outubro, com foco em agricultura, desenvolvimento rural e meio ambiente
No dia 29 de agosto de 2025, Barros Cassal sediou uma reunião do Corede - Conselho Regional de Desenvolvimento, presidida por Idioney Oliveira Vieira com assessoria de Paulo Borges, para definir as prioridades que serão levadas à Assembleia Geral da Consulta Popular, que acontecerá em outubro, em Soledade. Com a possibilidade de escolher até cinco demandas e projetos, representantes optaram por focar em três áreas principais: agricultura, desenvolvimento rural e meio ambiente, descartando propostas relacionadas a turismo e assistência social após intensos debates. O encontro foi organizado para que houvesse participação de Barros Cassal, Gramado Xavier e Lagoão. Lagoão não teve representante presente.
A reunião, que reuniu representantes da comunidade, autoridades e membros do Corede, teve como objetivo selecionar até cinco propostas a serem apresentadas na Assembleia Geral, onde três serão eleitas para receber recursos. Após discussões, as áreas escolhidas foram agricultura, desenvolvimento rural e meio ambiente, com três projetos específicos definidos: Desenvolvimento Rural – Construção de cisternas: Proposta voltada para a captação de água da chuva com geomembranas, visando atender às necessidades hídricas de comunidades rurais, com ênfase na sustentabilidade e no aproveitamento eficiente dos recursos.
Desenvolvimento Rural – Recursos para novas agroindústrias e existentes: Foco no fortalecimento da economia local, com apoio à criação e manutenção de agroindústrias, promovendo o escoamento da produção agrícola.
Agricultura – Melhoria de estradas rurais e aquisição de materiais: Investimento em infraestrutura viária para facilitar o transporte de produtos agrícolas, com destaque para trechos estratégicos de grande produção, como regiões de soja, fumo e brócolis, incluindo a aquisição de materiais como tubos de concreto para bueiros.
Debates e decisões estratégicas
A escolha das áreas e projetos foi marcada por intensas discussões. Inicialmente, turismo foi considerado, com propostas como sinalização turística e mapeamento regional, mas a ideia foi descartada por falta de infraestrutura local consolidada e pela percepção de que o turismo depende mais de iniciativas privadas do que de projetos governamentais. “Sem empreendedores locais, investir em turismo é ineficaz. Primeiro, precisamos de infraestrutura para depois divulgar”, destacou um dos participantes.
A Assistência Social, embora mencionada em outros municípios. com projetos como castração de animais, também foi excluída. Os debatedores optaram por evitar a criação de clínicas veterinárias municipais, sugerindo parcerias com clínicas particulares para serviços de qualidade. “Manter uma clínica pública é inviável. É melhor investir em regulamentação e responsabilidade dos tutores pelos animais”, argumentou um representante.
Outro ponto discutido foi a alocação de recursos. Com um orçamento estimado em R$ 2.057.000, a proposta inicial de dividir os valores igualmente entre os projetos foi questionada. Para evitar a dispersão de recursos e projetos não executados, decidiu-se que cada município poderá concentrar sua verba em uma única proposta, caso seja a mais votada, garantindo maior impacto. “Se um município escolhe apenas um projeto, como cisternas, pode direcionar os R$ 125 mil integralmente para ele”, explicou Paulo Borges, assessor do Corede.
Próximos passos
A reunião também elegeu dois delegados para representar na Assembleia Geral: Pâmela Bergonci e Marielli Rossoni.
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