Gramado-xavierense pede valorização para com os jovens que querem permanecer no município
Helena Burlani Pozzebon, 20 anos, moradora da localidade de Linha Palmeira, Gramado Xavier, técnica de Agricultura e estudante de medicina veterinária na Fasa, se manifesta através do Jornal Serrano, porque se sentiu muito desrespeitada pelo Poder Executivo de seu município.
“Nosso município não oferece nada no sentido de aperfeiçoamento aos munícipes, e quando, em outros lugares, surge algo que soma a determinados profissionais, não ganham incentivos”.
Helena contou que através da Emater de Gramado Xavier, se inscreveu em um curso de inseminação artificial, visando ampliar seus conhecimentos e oferta de trabalho, já que o curso vem de encontro a sua formação técnica e faculdade que está cursando.
O curso aconteceu em Montenegro nos dia 06 a 09 de maio deste mês.
Organizada, antes de se inscrever, buscou todas as informações necessárias para não ter inusitados durante o curso que esperava ansiosa para realizar. Inclusive, se informou sobre a locomoção, já que não se trata de um local próximo ao município. Na Emater lhe informaram que a Secretaria da Agricultura disponibilizaria o transporte, como ocorreu em outras vezes que houveram inscritos em cursos por esta entidade.
Na sexta-feira, dia 02 de maio de 2025, Helena, entrou em contato com o secretário de Agricultura, que disse retornar na segunda-feira, 05 de maio, e na ocasião retornou dizendo que não tinha veículo em condições de realizar a viagem, entraram também em contato com o prefeito, que não retornou nem até o momento da reportagem. “Fomos totalmente ignorados, enviei mensagem com antecedência, então, até pensei que o prefeito não tinha retornado porque estaria vendo uma solução, mas enviei mensagem novamente e sequer se deu ao trabalho de responder”.
Helena quer deixar claro, que não culpa o secretário, mas a falta de organização de um setor público para com os munícipes que estão em busca de aperfeiçoamento e querem se manter atuando no município. “São detalhes que motivariam mais pessoas a permanecer aqui, pois o incentivo é uma ferramenta importante, ainda mais quando as famílias investem em estudo e no município, e gostariam de permanecer, fazer história aqui”.
Ela seguiu contando que se o seu pai não pudesse levar, ela teria perdido o curso e desperdiçando o beneficio que poderia ter ido para outra pessoa. “Levam gente pra tudo, mas quando é pra incentivar alguém a estudar é sempre uma polêmica, uma dificuldade. A gente se sentiu desrespeitados, somos cidadãos como todos do município, temos os mesmos direitos. Nos sentimos ofendidos, o município está muito despreparado para se desenvolver, não apoia os jovens. Dizem que não tem profissionais especializados querendo atuar no município, no entanto, quando tem jovens querendo estudar e permanecer no município, criando raízes, não incentivam. A impressão que dá é que as autoridades competentes, não sabem que para colher precisa plantar. Plantem incentivo a profissionalizações e especializações e vão colher profissionais aptos para todas as áreas!”, desabafou.
Apesar do imprevisto e das despesas inesperadas, agradece o pessoal da Emater e todos que teve contato durante o curso. “O curso foi muito bom, aprendi muito, o lugar é maravilhoso, professores ótimos, tive acesso a novos conhecimentos que ainda não tinha recebido na faculdade”.
Apesar de todo estresse, está feliz e apta à prática de inseminação artificial.
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